sexta-feira, 27 de março de 2009

Ricardo do Carmo
autor de Amor de Consumo e Nós desatando nós


CRIAÇÃO FALHA


Há uma poesia
que me fere o peito
que me devora papéis
sem se expressar direito

morro a cada palavra
e renasço iludido
com a beleza da farsa

vibro um clímax eterno
que não avança onde me entrego
vive na ante-sala do prazer

passeio num enorme jardim
e não vejo flor alguma

ela me desperta
respira em silêncio de lua
veste-se vagarosamente
para nunca sair

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