sexta-feira, 29 de maio de 2009

A UM POETA




Há poemas que transportam
num tapete rente ao chão.
Poemas, menos que escritos,
bordados, talvez, a mão.

Outros há, mais indomados,
que são contra e através,
coisa arisca e tortuosa,
versos quebrados pelos pés.

E há poemas muito impuros,
onde não vale a demão.
Deles brotam versos duros,
poemas para ferro e joão.



Antonio Carlos Secchin




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