Há poemas que transportam
num tapete rente ao chão.
Poemas, menos que escritos,
bordados, talvez, a mão.
Outros há, mais indomados,
que são contra e através,
coisa arisca e tortuosa,
versos quebrados pelos pés.
E há poemas muito impuros,
onde não vale a demão.
Deles brotam versos duros,
poemas para ferro e joão.
Antonio Carlos Secchin
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