segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Rio de Poesia: Graal


Graal

 

Há uma outra leitura

dentro de cada poema

não se contente nunca

com um sentido apenas.

 

Há na superfície mesmo

escondida nas obviedades,

nas tônicas, nos termos,

nas virgulas, na sintaxe

 

uma pulsação que exala

o mistério das sensações,

uma alguma outra fala

que salta de formas e sons.

 

Sentidos muitos se tramam

em teias, em redes, impulso

onde o que nos humana

goza ao tocar o oculto. 

*

Eduardo Tornaghi

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