POEMA
Para se ter direito a um poema
é preciso penetrar-lhe os silêncios
é preciso um mínimo
uma pausa que seja mas pausa
de semibreve
não de colcheias serelepes
ou confusas semifusas
que o poema precisa de t e m p o respiração relaxamento
para se ter direito a um poema
é preciso interpretar-lhe os gritos
suas trilhas cachoeiras suas muitas corredeiras
palavras são lâminas lama que cura
que corta
que sangra
que provoca indeléveis rup turas
para se ter direito a um poema
é preciso ter coragem de se ver
se reconhecer
do outro lado do espelho
do outro lado da margem
Telma Costa
Para se ter direito a um poema
é preciso penetrar-lhe os silêncios
é preciso um mínimo
uma pausa que seja mas pausa
de semibreve
não de colcheias serelepes
ou confusas semifusas
que o poema precisa de t e m p o respiração relaxamento
para se ter direito a um poema
é preciso interpretar-lhe os gritos
suas trilhas cachoeiras suas muitas corredeiras
palavras são lâminas lama que cura
que corta
que sangra
que provoca indeléveis rup turas
para se ter direito a um poema
é preciso ter coragem de se ver
se reconhecer
do outro lado do espelho
do outro lado da margem
Telma Costa
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